O vídeo que segue abaixo é da música ‘Clair de Lune’ do francês Claude Debussy e é para ser ouvido (e visto) enquanto você lê meu poema de mesmo nome…
Delicie-se!
O vídeo que segue abaixo é da música ‘Clair de Lune’ do francês Claude Debussy e é para ser ouvido (e visto) enquanto você lê meu poema de mesmo nome…
Delicie-se!
Dedico essas poesias e pensamentos
à minha AMIGA e mestra, a
poetisa Regina Xavier, que muito
tem ensinado-me sobre a arte de
escrever.
Sou eternamente grato a ti Regina,
por teres engendrado minha vida
poética, por teres ajudado a salvar
um tão frágil dom que corria riscos
de se perder no vácuo do esquecimento.
Muito obrigado Regina…
Nunca vou te esquecer!
Oh, meu pequeno raio luzente
Por que me privas de tua beleza,
De olhar-te, ainda que rapidamente,
Se sabes que longe de ti tudo é tristeza?
Imploro-te, vem para meus braços!
Esquece a vida, esquece a morte.
Com tua luz abrirei caminhos,
Com teu amor mudarei nossa sorte!
E ainda, amor meu,
Que nunca venhas a ser minha
Como eu sou teu,
Saibas que estarei pronto a devotar,
Cada dia de minha existência,
À tua graça sem par!
Diogo Gomes de Andrade
Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Luís Fernado Veríssimo